LER - LUIS FERNANDO VERISSIMO

POEMA DE MARIO DE ANDRADE

"QUANDO EU MORRER QUERO FICAR"

Quando eu morrer quero ficar
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,

Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.

Mário de Andrade

RELATO REFLEXIVO

 

              Esse curso de Leitura e Escrita em Contexto Digital, foi de grande valia para mim, pois através dele foi possível fazer um aprofundamento rápido, porém eficaz no que se refere a leitura e suas práticas.Quanto ao processo de criação do blog e sua manutenção confesso que a príncípio achei que não daria conta, porque para mim foi uma atividade nova e muito interessante,aprendi a utilizar uma das ferramentas tecnológicas e poderei implementar em minhas aulas. Enfim ,também quero agradecer a Tutora Rosangela, a qual sempre esteve disposta a orienta-me em minhas dificuldades.Aprendi muito também com as experiências dos colegas de curso e tenho certeza que para o ano que vem estarei implementando estratégias novas no que se refere as práticas de leitura.

 

 

MARILDA COSTA ALVES

RELATO REFLEXIVO

            Nesta curso, através das dificuldades em utilizar novas ferramentas digitais, me considero uma vencedora. Jamais imaginei que construiria um blog e acima de tudo, ter a responsabilidade de organizá-lo e postar os textos dos demais participantes. Gostei tanto que gostaria de continuar atuando no blog com as colegas. As diversificidade textuais, mesmo num espaço diferenciado do que sala de aula - digital e virtual - foi possível acontecer em grupo e mais levei esta experiência para as aulas que ministro. Os alunos adoraram, pois saímos do espaço tradicional e podemos continuar virtualmente. O interesse aumentou, a adesão à participação foi unânime e isso me gratificou demais, pois pude resgatar alunos que estavam dispersos e desinteressados na minha aula. O projeto ainda não está concluido, mas com certeza foi o primeiro passo para uma nova prática pedagógica, que me fez avaliar os meus pontos negativos e demonstrou que estava equívocada com alguns alunos, que minha premíssia era distorcida e que deveria ser revisitada a partir deste projeto: Leitura e Escrita em Contexto Digital: Uma Constução Virtual dos Espaços de Aprendizagem.

 

CHRISTINE BAUMEISTER DA SILVA

RAPAZ BALEADO “CAI NOS BRAÇOS” DA COZINHEIRA

Na manhã do último dia 02 de novembro (Finados), a cozinheira Maria Teresa, 35 anos, levantou-se como de costume às 5:00 horas da manhã, no bairro de Pouso Alegre (Franco da Rocha) para mais um dia de trabalho, no entanto, enquanto tomava café, escutou um burburinho na rua e em seguida um barulho de tiro. Assustada foi até a janela e não viu ninguém, mesmo assim resolveu conferir mais de perto e abriu a porta; foi em direção ao portão e de repente um jovem, aparentando 19 anos, caiu desacordado nos seus braços. Imediatamente, Maria colocou-o no chão e procurou sinais de vida sem sucesso, então gritou pelos vizinhos. Lembrou-se de ligar para a polícia e aguardando a viatura policial constatou que o rapaz estava morto.

PRISCILA ALMEIDA BASTOS DE SOUZA

A MORTE LENTAMENTE

   Conheci este texto no meu curso de letras e fiquei encantada quando o reitor leu para nós, para falar sobre a saída de um docente que deixaria saudades entre nós. Portanto, deixo registrado aqui o texto que fala sobre a morte espiritual e não física:

“Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito e do trabalho, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o “preto no branco” e os “pontos nos is” a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeções, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não tentando um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar. Estejamos vivos, então!”
Paulo Neruda

NOTÍCIA POPULAR

    

   MORRE O DIABO LOURO

             No dia 31 de outubro de 2012,  uma senhora que prefere não se identificar, relata para este jornal de plantão no 1º DP da Capital, que acordou com o seu despertador pontualmente às 06:00 horas, em seguida resolveu ir até o banheiro para tomar um banho, quando de repente a campainha tocou. Saiu rapidamente, enxugou-se as pressas, quando de repente parou e exitou em abrir a porta. Relata que pensou: "quem poderia ser aquela hora, afinal de contas morava sozinha, na avenida São João e todos sabem que existem moradores de rua".  A senhora relata ainda que ficou com muito medo e pensou em não atender, pois assim esse vagabundo iria embora. A campainha tocou novamente e mais insistentemente,  quando resolvi atender já furiosa. Destravei a fechadura, abri a porta, quando vi um homem caído na porta da minha casa, de aparência loura, maltrapilho e todo machucado. Fiquei mais apavorada ainda, o que fazer...Olhei para os lados e não vi ninguém. Gritei, daí comecei a falar com o homem, mas não tive reposta, insisti e nada.  Por impulso me abaixei e toquei nele com os dedos, foi aí que eu vi que ele estava morto. Não pensei duas vezes, peguei o telefone e liguei para a polícia no 190. Logo apareceu uma viatura para verificar o que havia acontecido. Começaram a fazer um monte de perguntas, quando comecei a ficar nervosa, minha pressão subiu e comecei a discutir com o policial. Me perguntaram se eu conhecia aquele homem e respondi quem podia saber tinha tanto vagabundo dormindo naquela avenida e quem tinha que saber era ele. Por desacato a autoridade acabei detida para prestar depoimentos e registar boletim de ocorrência. Após horas no departamento descobri que aquele homem era conhecido por todos como o Diabo Louro por perambular por aí, conversando sozinho.

Realmente "Ler devia ser Proibido"

Eis o meu depoimento acerca da minha trajetória leitora

 

A leitura faz parte de mim desde muito pequena pois sempre tive no meu pai, principalmente, um incentivador do ato de ler, fosse em pesquisas às enciclopédias e dicionários, ou mesmo nos livros religiosos da semana Santa... lembro-me de que sempre que perguntava acerca do significado de alguma palavra ele dizia: "procure no dicionário" e isso me fez ampliar muito meu repertório. As leituras obrigatórias da escola para mim, eram diversão pois lia com prazer, lia porque gostava. Segui o ensino médio onde me deliciei com a literatura, mas foi na faculdade de Letras que me encontrei com os professores que me encheram os olhos e o coração com suas paixões pela leitura, e tornei-me também uma apaixonada. Mais tarde, no exercício do magistério, muitas foram as descobertas acerca das estratégias de leitura e ampliação de repertório de mundo e poder vivenciar isso com as crianças foi maravilhoso, pois ser a mola propulsora na trajetória leitora delas é o que me dá mais prazer e pretendo continuar perpetuando esta minha paixão enquanto vida tiver...

 

PRISCILA ALMEIDA BASTOS DE SOUZA

NOTÍCIA POPULAR:

PÂNICO NA ENTRADA DOS ALUNOS

      No dia 22 de outubro de 2012 às 06:55 da manhã,na rua noel rosa, 849 no bairro Jd. Silvia Maria na cidade de Mauá quatro elementos armados em duas motos abordaram os alunos na hora da entrada do portão da escola. Roubaram celulares, tênis, dinheiro entre outros. Os alunos relataram que ficaram com medo naquele momento: "queríamos correr, mas não deu"... Os pais ficaram preocupados com a segurança de seus filhos : "agora não respeitam mais adolescentes, e o pior no período da manhã, em plena luz do dia. A direção foi procurada e relatou que já ofíciou a polícia solicitando um reforço no patrulhamento da ronda escolar. A escola está localizada muito próxima do polo petroquímico. Os moradores da região relatam que moram próximos de rotas de fuga, porque o bairro faz divisa com outras duas cidades, São Paulo e Santo André, facilitando a saída dos assaltantes. A população diz que está com medo de sair na rua, pois atualmente os assaltos são constantes e exigem que seja tomada providências, pois agora estão abordando até as crianças, correndo o risco de serem baleadas, inclusive na porta da escola..

Olá... Eu sou Christine Baumeister da Silva, aqui vai um pequeno relato da minha experiência com a leitura e escrita.

 

          






  É  estranho como fazer uma retrospectiva histórica sobre o meu envolvimento com a palavra. Na verdade a leitura e a escrita para mim chegou tarde, pois no período escolar sempre tive muitas críticas sobre a qualidade da percepção do mundo a partir da minha leitura interpretativa. Isso fez com que eu me retraí-se. Mas no final do Ensino Médio tive um professor de literatura que me trouxe novamente para este universo.

         Ouvindo-o ler, para nós, Camões com aquela paixão, eu verifiquei o que estava perdendo. Só que meu interesse pela leitura sempre foi desvendar o pensamento humano. Os mistérios do porque o indivíduo atua, pensa e sente sobre o seus conflitos existenciais. Talvez não seja por menos que minha primeira formação tenha sido Psicologia.

       A partir daí, não parei mais para desvendar os mistérios da mente humana. O mais extraordinário é que a literatura a respeito é extremamente abrangente. Vai desde uma história em quadrinhos até um livro filosófico. Essa diversificação de gêneros atualmente me surpreende, pois sempre fui recalcada tanto na escrita como na leitura e hoje sou apaixonada por um universo misterioso, apaixonante e intrigante do indivíduo.

Notícia: O MISTÉRIO NA CIDADE LÍDER

Na manhã do dia 25 de Outubro de 2012, Maria Luísa, moradora da cidade Líder, levantou-se às 6h00 para trabalhar. Já estava fazendo sua higiêne pessoal , de repente a campainha tocou, dirigiu-se até a porta, destrancou a fechadura. Ao abrir a porta deparou-se com um homem  todo ensanguentado caído na soleira. Assustada abaixou-se e colocou sua mão sobre o corpo daquele homem, que já estava frio e rígido. Maria Luísa correu o olhar em torno da casa, porém não avistou ninguém, nenhum rastro. Imediatamente correu ao telefone e ligou para 190 ( polícia ), que não demorou l5(qunze) minutos e já estava no local dos fatos. A polícia fez algumas perguntas para Maria Luísa e constatou que o homem morto era um foragido da justiça, que saíra  no induto de 12/10/12 e não retornara à Cadeia Franco da Rocha, sua identidade não foi revelada.

LEITURA E A ESCRITA

 A leitura e a escrita são duas modalidades que nos leva ao desenvolvimento da imaginação, criatividade  e a significação individualizada. Com a leitura podemos desenvolver um olhar atento, de curiosidade e de interesse. Quando fazemos uma leitura quer seja de texto, imagens, símbolos,gestos, mundo etc. desenvolvemos um forma única meramente pessoal e para isso é só encontrar uma situação propícia para a apropriação do conhecimento. Como dizia Monteiro Lobato "Para ler um livro é preciso não somente lê-lo, mas sim usar a imaginação, e para se escrever é necessário, escrever cada linha com o coração".Uma pessoa ao escrever um livro tem a preocupação de passar sua visão do mundo, suas experéncias para o leitor, mostrar através da literatura a grandeza das palavras, e a importância do escritor. É por essas e outras razões, que  professores e também a escola têm a responsabilidade de incentivar os alunos  para leitura e despertá-los para produções literárias.      

Olá, pessoal cheguei.....sou a professora Marilda da Rede Estadual, corintiana,brincadeirinha, formada em Letras, este ano terminei o curso de pós em Gestão Educacional, ministro aulas para o nível Fundamental  II e Médio. Resolvi fazer este curso, por tratar-se de práticas inovadoras voltadas para tecnologias, afinal estamos na era digital e tudo que for referente a isso será de grande valia para minha área de trabalho.

Aniversário ( alvaro de Campo) Fernando Pessoa.

Aniversário

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais       copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...